Outubro de 2007

Esyath Barret:

"Não necessito de rimas,
não rimo necessidades.
Apenas sinto.
E poetizo cada elo sentido."

Ricardo Rayol:

Na densa mata
noite amante, cúmplice
contorcendo-se nas folhas,
sensual leito,
dois animais em transe.

Sobre meu corpo,
firma seus quadris,
penetro, reto,
aríete de carne e sangue.

Cavalga em disparada
sufoca os gemidos
uiva, em desesperado gozo,
loba no cio.

Diovvani Mendonça:

MINHA MUSA NA CLAVE DE SOL

Inspiração
derrama nos meus olhos
um cacho de estrelas
um facho de lua
um riacho de trovas
frases de um poema
tupi-guarani
canto indígena
canto de araponga
bem–te-vi na beira do rio
acenando pra mim
desenhando n’água
colcheias semibreves
da canção que ainda vou compor.

Inspiração
me deixa ver
a melodia que guardas em segredo
na partitura do teu corpo
quero saber o que diz
a letra do canto do sabia
e assim
na mágica do instante
te engravidar
e depois de nove luas
te deitar nua
no colo do violão
fazer o teu parto
deixar no ar um acorde
para ser o berço
de nossa filha
nossa música.

(pra musa da adolescência!!!)


Zumbi:

musa abusada
não se abusa
rasga-lhe a blusa

depois usa
suas carnes
com o tempero do cio

Rafaela Silva Santos:

"Não quero palavras
As quero encarnadas
Em corpo, forma e movimento
Quero passos, quero olhares
Teu abraço perseguindo meus passos
Porque amar é mais alma
Que entendimento
É mais sentir"


Crys:

Minha alma de poeta é leviana
Quer ser amada com loucura
Quer despertar em ti
O ser cafajeste que se esconde
Senti o sabor do teu ciúme
O calor de tuas emoções.
Mas tu foges...!
Penso tê-lo esquecido.
E invade-me novamente
Provocado-me a sede de te amar.
Isso, derruba parte de minha resistência!

Esyath:

"Cafa quem és tu?
Jeste por quê logo tu?
Por quem me tomas?
Por uma vítima leviana?
Levi de levemente insana.
Ana como tantas Marianas.
Meu autocontrole se foi,
quando vieste me roubar
o discernimento,
não o encontraste logo ali?
Querido Cafajeste,
continuo sendo dominada,
mas aproveitando cada instante
desta tortura cafajestal"